Camisinha

Por (SP) em

Significado de Camisinha:

S.f.(a) 1-Invólucro para o pênis confeccionado a base de borracha para que homens utilizem como proteção durante as relações sexuais evitando contaminação de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada nas mulheres.


Exemplo do uso da palavra Camisinha:

SÓ SE FOR DE CAMISINHA
(Mc Waldiceia)


Saímos pra zoar, bebemos a noite toda
Dançamos grudadinho eu estou ficando louca
Gatinho gostosinho o seu rala e muito quente
Mais a sua mãozinha está ficando saliente!

Passa em cima, passa em baixo, deslizando o meu corpinho
Mais que gato apressado tem que ser devagarinho
Passa em cima, passa em baixo, deslizando o meu corpinho
Mais que gato apressado tem que ser devagarinho!


Você e meu thuthuco e eu sou sua gatinha
Pra mim levar cama só se for de camisinha
Você e o meu thuthuco e eu sou sua gatinha
Pra mim levar cama só se for de camisinha

Ai, ai só se for de camisinha
Ai, ai só se for de camisinha

Saímos pra zoar, bebemos a noite toda
Dançamos grudadinho eu estou ficando louca
Gatinho gostosinho o seu rala e muito quente
Mais a sua mãozinha está ficando saliente

Passa em cima, passa em baixo, deslizando o meu corpinho
Mais que gato apressado tem que ser devagarinho
Passa em cima, passa em baixo, deslizando o meu corpinho
Mais que gato apressado tem que ser devagarinho!


Você e meu thuthuco e eu sou sua gatinha
Pra mim levar cama só se for de camisinha
Você e o meu thuthuco e eu sou sua gatinha
Pra mim levar cama só se for de camisinha

Ai, ai só se for de camisinha
Ai, ai só se for de camisinha
Ai, ai só se for de camisinha
Ai, ai só se for de camisinha

Ai, ai só se for de camisinha
Ai, ai só se for de camisinha

HISTÓRIAS DE CAMISINHA.
Moacyr Sciliar

No século 16 uma epidemia de sífilis espalhou-se pela Europa. Não havia tratamento eficaz; usava-se o mercúrio, que matava o micróbio mas, sumamente tóxico, deixava o paciente em petição de miséria. E isso gerava uma dúvida crucial: seria possível evitar a sífilis, mas sem evitar o sexo?
A resposta foi dada pelo grande anatomista italiano Falópio (que descreveu, a propósito, as trompas de Falópio). Num trabalho publicado em 1564 ? póstumo; ele morrera dois anos antes ?, Falópio diz que os não-circuncisos podiam se proteger da infecção colocando um pedaço de pano sobre a glande e fixando-o com o prepúcio. Na verdade, uma manobra muito pouco prática e nada garantida. Contudo, é a Falópio que se atribui a descoberta do condom, embora uma lenda diga que os romanos já usavam, com o mesmo propósito, bexigas de bode.
A idéia pegou, mas na linha dos romanos, não de Falópio. Dois séculos depois, preservativos já estavam disponíveis, feitos de pele de peixe. O objetivo agora não era só evitar a sífilis, mas também a gravidez. Nas palavras do galante Casanova: ?É preciso colocar o sexo ao abrigo de qualquer medo?. As camisinhas eram vendidas em bordéis e em alguns estabelecimentos comerciais, sendo especialmente recomendadas, segundo um anúncio da época, para ?cavalheiros, embaixadores e capitães de navio viajando para o estrangeiro?. A camisinha era então um objeto sofisticado; os militares ingleses, por exemplo, usavam-nas decoradas com as cores de seu regimento. Mais tarde, o retrato da Rainha Vitória (que não era exatamente um tipo de beleza) apareceria nas caixinhas dos preservativos: homenagem à realeza ou um breve contra a luxúria? Nunca ficou esclarecido.
A camisinha era muito cara. Mas então a tecnologia veio em socorro dos aflitos amantes. Com a descoberta da vulcanização da borracha, em 1843-1844, tornou-se possível fabricar um condom mais barato e apropriado. A partir daí o uso se propagou. Os antibióticos, que foram um grande avanço na luta contra as doenças sexualmente transmissíveis, levaram também a um certo descaso com a prevenção ? que voltou a ser valorizada com a corrente epidemia de Aids.
Mesmo assim ainda existem muitos obstáculos ao uso do condom. Um médico tailandês que encontrei num simpósio de saúde pública contou-me uma história muito ilustrativa. Para mostrar aos camponeses da região como usar o preservativo, ele colocava um no próprio polegar. Um dia veio ao posto de saúde um camponês furioso: ao contrário do que o médico dissera, sua esposa havia engravidado. O doutor perguntou como tinha usado o preservativo. No dedo, como o senhor mostrou, foi a resposta.
O nosso nível de informação é maior, mas mesmo assim, o condom ainda precisa ser mais difundido. Não é preciso chegar aos exageros como aquele que vi em uma camiseta: ?Machão não usa camisinha; machão manda plastificar?. Mas é preciso, sim, lembrar que sexo seguro não é sexo amedrontado. Sexo seguro é, simplesmente, sexo informado.